sábado, 20 de outubro de 2007

Tropa de Elite



por Danilo Ferreira Lima


Essa obra retrata a realidade terrível da cidade do Rio de Janeiro e conta a história do Capitão Nascimento, chefe da equipe Alfa do B.O.P.E (Batalhão de Operações Policiais Especiais), responsável pela tranqüilidade do Papa em sua visita ao Rio e que procura um substituto ao saber do nascimento do filho.

O filme é extremamente realista em todos os detalhes no aspecto de policiais corruptos que recebem o “arrego” (dinheiro em troca de “proteção”) dos estabelecimentos; no aspecto dos métodos que o B.O.P.E usa para conseguir informações: eles torturam pessoas do modo que eles acham necessário, inclusive com o “saco”, método no qual eles colocam um saco plástico na cabeça do suspeito, ou informante. Há também o curso do B.O.P.E, no qual alguns policiais corruptos eram chamados para que fossem humilhados na frente de outros oficiais. Entretanto chamavam alguns honestos, porque dali só saíam os melhores.

Na exibição do filme para a turma do CEI I, a aluna Tatiane Torres, não se sentiu bem ao ver algumas cenas nas quais militares são mortos, pois seu pai era militar. Em uma entrevista à nossa turma ela contou sobre seu pai: “Ele era um pai muito rígido, com muitas regras, mas também era brincalhão quando podia, mas apesar disso nunca falava do trabalho em casa”, disse ela. Perguntamos a ela como seu pai morreu, ela respondeu: “Disseram que ele se matou”. Mas ela não acredita nisso, porque ele não atirava com a mão esquerda e, de acordo com a investigação, ele usou as duas mãos para atirar, o exame de pólvora comprovou isso: “Foram encontrados resíduos de pólvora nas duas mãos, sendo assim, como ele pôde atirar com as duas mãos se só o fazia com a direita?”. Para ela, isso foi armação, uma morte forjada. E em sua lista de suspeitos até a Polícia está incluída. Tatiane disse: “O único policial que eu respeitei na minha vida foi meu pai”. Apesar de ter passado por isso tudo, Tatiane até pensa em ingressar na carreira militar, porém na Aeronáutica ou Marinha.

Durante a exibição para a turma do CEI II, nosso professor, Alexandre Nadai, ligou para um dos atores: Togum, que representa Tião, o responsável pela oficina da polícia. Togum nos contou sobre a situação na qual roubaram as armas do set de filmagem. Ele comentou, também, sobre o fato de o filme ter sido liberado na internet antes mesmo de ter sido lançado nos cinemas brasileiros. Disse que é contra a pirataria, e que o problema dos produtos originais aqui no Brasil são os impostos, porque quando o produto entra no país, entra a preço de banana, e chega às lojas com um preço muito alto. Isso ocorre devido à taxa de importação, taxa de cobrança do governo, da loja e muitos outros fatores.

Muitos podem achar o filme extremamente violento, mas lembrem-se que essa é a realidade das ruas e favelas do Rio de Janeiro.

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